junho 18, 2019

Cafeteiras: conheça 8 tipos e aprenda a escolher a ideal


Você já sabe que há diversas maneiras de se extrair um bom café, não é mesmo? Pois bem: você sabe qual é o método ideal para você?
Usar grãos de qualidade certamente é o primeiro passo para se fazer um excelente café. A cafeteira utilizada, no entanto, também é fundamental, pois cada método de extração ressalta características específicas da bebida depois de pronta.
Há cafeteiras de todos os tamanhos e tipos, seja para quem tem mais pressa e quer praticidade ou para os que preferem fazer um café em grande estilo. Neste post, vamos falar sobre 8 tipos de cafeteira para te ajudar a descobrir a que mais combina com você!

Cafeteira Francesa

Também conhecida como Prensa Francesa, esse método prático é muito popular nas casas europeias. Não se usa filtros de papel nem energia elétrica.
Primeiramente, os grãos devem ser de moagem média, para que não passem pelo filtro metálico. Depois de se colocar o pó na cafeteira, deve-se acrescentar água entre 80°C a 90°C e deixar o café em infusão por quatro minutos. Em seguida, é só abaixar o pistão pelo corpo da cafeteira, e os grãos serão separados da bebida pronta.
Além de ser um dos métodos mais eficientes, a Prensa Francesa preserva os óleos naturais do café e ressalta o sabor da bebida. 
Vale lembrar: por causa da infusão, quanto mais tempo se esperar para abaixar o êmbolo, mais amargo o café ficará. Isso acontece porque a água quente continua a extrair cafeína dos grãos enquanto os dois elementos estiverem em contato.

Cafeteira Italiana

Charmosa e simples de usar, a Moka é uma tradição nas casas italianas e faz um café com o sabor próximo ao de um espresso.
Esse método funciona por pressão da água. Isso quer dizer, quando prestes a entrar em ebulição, a água sobe e passa por um recipiente com o café, seguindo em direção ao compartimento de cima.
Basta colocar água na parte debaixo até a altura da válvula e o pó do café no recipiente que se encaixa dentro da base. Assim como na Prensa Francesa, a moagem indicada dos grãos é mais “grossa”, para que o filtro metálico não seja entupido.
Quando a água começar a subir pelo tubo central do recipiente de cima, basta esperar cerca de dez segundos e desligar o fogo.
Dica de ouro: respingue água fria no recipiente de cima da cafeteira, isso fará com que a bebida não fique com gosto de queimada ao tocar as paredes de alumínio da Moka.

Cafeteira Aeropress

Na Aeropress, qualquer pequena alteração no tempo de infusão, granulometria (moagem) dos grãos ou temperatura da água faz grande diferença no sabor da bebida, o que faz desse método um queridinho entre as competições de café pelo mundo.
Sua anatomia, desenvolvida nos EUA por Alan Adler, lembra uma seringa gigante de plástico, de modo que a bebida fica pronta por efeito da pressão exercida pelo ar. Mas calma! Vamos explicar melhor…
Primeiramente, o pó é colocado no tubo central. Em seguida se adiciona 60 ml de água a 80°C  (é bom ter uma balança pare esse método) e se mistura suavemente. Depois deve se colocar mais 170 ml de água e deixar em infusão por 10 segundos.
Dando sequência, coloca-se um filtro de papel circular dentro de uma peça que enrosca no tubo. Daí o momento mais importante: esse conjunto todo é virado de cabeça para baixo, colocando a boca do tubo direto sobre a xícara.
O êmbolo dentro do tubo desce empurrando o ar, de modo que o café seja obrigado a passar pelo filtro e a bebida fique pronta.
Esse método resulta em uma bebida suave e saborosa, com menos amargor e acidez.

Cafeteira de Espresso

A tradicional máquina de Espresso é conhecida em todo o mundo e amada por aqueles que têm pressa. O café fica pronto em cerca de 25 segundos, mas não pense que é por isso o nome do método…
Se escreve Espresso com “s” (e não com “x”!) pois a palavra de origem italiana se refere a água sob pressão, enquanto “expresso” é algo rápido.
A água pressurizada é o que faz a bebida ter a cremosidade diferente das outras. O aroma forte e o amargor do café são traços únicos desse método, que surgiu em 1901 e continua se modernizando até hoje.  
É um dos poucos métodos que necessita ser executado por barista profissional, pois cada detalhe conta: a torra mais clara, moagem média dos grãos, a pressão que se faz sobre o pó, por quantos segundos a água terá contato com o café, entre outros fatores.
O preparo consiste em usar a quantidade exata de pó (moído na hora) para uma ou duas xícaras, depois compactá-lo manualmente com 20kg de força e colocá-lo na máquina sob pressão de 9 atmosferas, realizada por água a 92°C por 25 segundos.

Cafeteira de Espresso em Cápsula

Fazer um espresso em casa de um jeito super prático, quem não quer, né? Os cafés de cápsulas têm feito enorme sucesso pela variedade de aromas e sabores que podem ter dependendo da região de origem.
Seu único trabalho é encher o reservatório de água regularmente e quando for fazer seu café, basta colocar a cápsula desejada no compartimento indicado. Depois aperte o botão que indica a quantidade de ml do espresso e a bebida ficará pronta em segundos.
As cápsulas são encontradas tanto em supermercados quanto em lojas e cafeterias; os valores variam de acordo com a marca e a quantidade comprada.
A u.Coffee comparou as três mais conceituadas máquinas de espresso em cápsula: Dolce Gusto, TRES e Nespresso. Nesse artigo você verá os diferenciais de cada uma qual se adequa melhor às suas necessidades.
Esse tipo de cafeteira, no entanto, tem dois pontos negativos: o preço e o impacto ambiental. De acordo com o Conselho Científico Agro Sustentável, 65% do café utilizado nas cápsulas é brasileiro. Então nosso café é beneficiado em outros países e depois o importamos, o que encarece até 15 vezes o produto.
O material das cápsulas é majoritariamente alumínio, que não se degrada facilmente. Algumas empresas já trabalham com postos de coleta, mas a eficiência da reciclagem não se compara ao dano. O governo de Hamburgo, na Alemanha baniu os cafés de cápsulas de seus estabelecimentos em 2016.
E, para você que está considerando adquirir uma dessas mas se preocupa com o meio ambiente, existem diversas cápsulas reutilizáveis. São mais caras, mas poluem bem menos.

Cafeteira Turca

Considerado patrimônio cultural imaterial da Humanidade, de acordo com a UNESCO, o café turco é tão apreciado quanto antigo. Sua origem se aproxima das próprias raízes do café, descoberto na Etiópia.
A cafeteira turca é um método de extração simples, porém cheio de significado e tradição. Preparado no cezve, instrumento de metal que parece uma “panelinha”, esse café reúne as pessoas ao redor da mesa em um momento especial de comunhão.
Nesse método é possível aromatizar o café acrescentando especiarias como canela, anis estrelado e cardamomo. O pó é fervido junto com a água, então o resultado é uma bebida mais rica em cafeína e amarga.
Diferentemente das cafeteiras citadas nesse post, a moda turca usa pó com a moagem bem fina; mais do que os cafés que se encontram nos supermercados. Isso é porque a bebida não é filtrada e se bebe um café bem encorpado, com pó misturado.
Para se preparar um café truco, primeiro se deve colocar 7g de café (1 colher se sopa) dentro da ibrik, como também é conhecida a cafeteira. Depois acrescenta-se alguma especiaria ou açúcar, se desejar – lembrando que um café especial não tem a necessidade de ser adoçado.
Adicione água filtrada e depois leve a cafeteira ao fogo. O café nesse método deve ferver por três vezes da seguinte forma: quando a água ferver, tire a cezve da chama. Espere alguns segundos e coloque no fogo de novo. Repita isso duas vezes e, na terceira vez que ferver, é só tirar a espuma com uma colher e servir.
Mas antes de tomar… espere mais um pouquinho para que o pó vá para o fundo da xícara. Todos esses procedimentos demoram cerca de 10 minutos, assim você pode aproveitar mais o momento e apreciar seu café pacientemente.
Cafeteira Globinho
Muito engenhosa e nem tanto prática, a cafeteira Globinho (ou Sifão) é um dos métodos de preparo mais charmosos.
A patente mais antiga registrada data da década de 1830 em Berlim, na Alemanha. A história aponta, no entanto, que o modelo pioneiro foi criado pela francesa Madame Vassieux, mais ou menos nessa época.
Usando pressão de vapor e vácuo, esse método consegue preparar uma bebida de suavidade e doçura marcantes. A cafeteira foi pensada para aproximar o processo de fazer café com os apreciadores da bebida, de modo que o Globinho encanta quem o vê funcionando.
Há três componentes principais: em um se coloca a água, em outro o pó e outro fica embaixo, esquentando.
Primeiramente, água pré-aquecida deve ser colocada no globinho de vidro. Depois a parte de cima é acoplada e o pó (de moagem mais grossa) é colocado dentro.
A espiriteira deve ser acesa e colocada debaixo do globinho. Então, dentro de minutos, a água fluirá para o recipiente de cima por efeito da pressão interna no globinho.
A água e pó ficarão em infusão enquanto a chama estiver acesa. Então, basta afastar a espiriteira e o café começará a descer, voltando para onde a água estava. Parece mágica, mas é pura física! Daí o café já está pronto para servir.   

Cafeteira de Coador

Quem não se lembra da avó passando um cafezinho no filtro de pano? Esse método, tão casual e simples, é o mais comum nas casas brasileiras; muito provavelmente você tem uma em casa, então vamos deixar aqui algumas dicas para a extração perfeita!
Se for usar o filtro de papel, comece dobrando a costura ao redor para que se encaixe melhor no suporte. Assim a água não encontrará nenhum impedimento enquanto descer. É necessário escaldar o filtro antes, para tirar qualquer gosto residual de papel.
O filtro de pano não precisa ser escaldado, mas é importante mantê-lo bem limpo e trocar a cada dois meses.
A proporção mais indicada é 10g de café (1 colher de sopa) para cada 100ml de água (filtrada ou mineral, que é para não influenciar o sabor). A moagem ideal é de fina para média, como a dos cafés que se compra em qualquer mercado.
Comece derramando a água suavemente, de dentro para fora até molhar todo o pó e pare. Espere alguns segundos para que o pó absorva o líquido e libere mais sabor. Depois coloque o restante de água, fazendo movimentos circulares e uniformes.

Conclusão

Cada método apresentado nesse post tem qualidades únicas, assim como cada pessoa tem necessidades diferentes na hora de fazer café. Esperamos ter te ajudado a encontrar qual combina mais com seu estilo!  


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